Lula 3 anda para trás, e oposição empaca – 20/01/2025 – Alvaro Costa e Silva



Lula 3 é um caranguejo andando devagar e para trás. Tenta aumentar a transparência de transações via Pix e, diante do enxame de desinformação exibido nas redes bolsonaristas, recua. Havia feito o mesmo com a taxa das blusinhas, a volta do DPVAT e o fim da isenção previdenciária para líderes religiosos.

A fragilidade para tomar e manter decisões não atinge só a área econômica. No ano passado o Planalto cedeu ao destempero do almirante Marcos Sampaio Olsen, ex-chefe da Marinha, e até agora o nome de João Cândido, líder da Revolta da Chibata, de 1910, não foi inscrito no Livro dos Heróis da Pátria. Olsen chamou de “abjetos” os marinheiros envolvidos na luta contra castigos físicos —e põe abjeção e castigo nisso, 250 chibatadas.

Em mais uma “recueta”, o ministro Lewandowski fez mudanças na PEC sobre segurança pública. O tema é a preocupação central do brasileiro. A União não será mais responsável por formular diretrizes da defesa social e sim por sugerir tais diretrizes. Foi mantida a determinação de atribuir à PF investigações sobre o crime organizado.

A nova proposta é uma tentativa de diminuir a resistência do consórcio dos governadores do Sul e Sudeste, integrantes da oposição que, para enfraquecer Lula, empaca como mula, sem ceder um milímetro, tapando os olhos para a situação de seus próprios estados.

Em São Paulo foram presos 16 policiais militares envolvidos com o PCC e com a morte cinematográfica, no aeroporto de Guarulhos, de Antônio Gritzbach, delator da facção. Tarcísio de Freitas disse que “a PM está punindo a PM”. Conversa fiada para esconder um escândalo revelador do tamanho do buraco em que estamos metidos. Em outros tempos, caía o secretário de Segurança, caía o governador.

No Rio a tragédia cotidiana está tão fora de controle que assume ares de comédia pastelão. Armado, de bermuda e camisa amarrada na cabeça, copo na mão, abraçado e beijando uma mulher também policial, o tenente-coronel Ivan Blaz, ex-porta-voz da PM, armou um barraco ao invadir um prédio na orla da zona sul. A justificativa era prender o traficante Peixão, do Complexo de Israel. Ele não estava lá.


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