Grupos de futebol usam craques brasileiros como startups – 14/01/2025 – Painel S.A.


As transferências de jogadores brasileiros para o exterior, que no passado reforçavam o caixa de times nacionais de futebol, agora tendem a sair “na faixa” com o domínio de grandes conglomerados globais no mercado. Esse movimento já desagrada clubes brasileiros.

Para resolver um problema do clube francês Lyon, o empresário norte-americano John Textor, dono da Eagle Football Holdings, grupo que comanda clubes como Botafogo, Lyon e RWD Molenbeek, decidiu remanejar Luiz Henrique e Igor Jesus, craques da SAF do Botafogo.

No anúncio, Textor afirmou que a estrutura multi-clubes beneficia a operação, já que, do ponto de vista financeiro, a ida do jogador para o Lyon não acarretará custos por ambos os clubes pertencerem ao mesmo grupo.

Para o Botafogo, porém, essa movimentação é desfavorável, porque é dinheiro a menos no caixa. Luiz Henrique chegou a receber proposta do Fiorentina, da Itália, e de outros clubes ingleses.

Segundo analistas, o aumento desse tipo de movimentação de jogadores entre clubes do mesmo conglomerado pode tornar os craques brasileiros alvo de investimento, como se fossem uma startup.

Isso porque eles podem ser transferidos para clubes europeus ou de outros continentes controlados pelos mesmo grupo —sem custo, portanto—, aumentar o passe para, depois, serem vendidos com lucro em moeda estrangeira.

“Essa é, evidentemente, uma tendência. O próprio Luiz Henrique, um atleta em ascensão, vai para o Lyon e tem a chance de se tornar um grande astro. Depois disso, será negociado em euro por milhões, reforçando o caixa do grupo”, diz Amir Somoggi, sócio da Sports Value, consultoria de marketing esportivo.

Com Stéfanie Rigamonti


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