direita e esquerda agem como ele



Luiz Carlos Bresser-Pereira, ex-ministro de Sarney, já se excitou com as medidas de Trump. Declarou que o Brasil “deveria aproveitar” para criar tarifas de importação “para certos produtos” e sugeriu uma “variação da cotação do dólar” só para a indústria. No passado, Bresser deu nome a um dos planos econômicos fracassados contra a inflação, nos anos 80, apoiou as políticas de campeãs nacionais e intervencionismo de Dilma que quebraram o país e apostou no fracasso do Plano Real. Um mago das previsões erradas.

Se Trump cumprir as promessas de dobrar os impostos para produtos chineses e estrangeiros em geral, e continuar expulsando imigrantes ilegais, que mantêm os salários baixos nos EUA, o país terá uma inflação nível Dilma.

Apesar de desconhecer o Brasil, Trump faria sucesso na Fiesp e entre economistas do PT. Já “exigiu” que o Banco Central americano, o Fed, cortasse a taxa de juros. Porque sim. Mais ou menos como Lula fazia quando Campos Neto era presidente do BC.

Nossa esquerda passou anos denunciando os males da globalização, defendendo mais protecionismo, mas sempre pedindo para algum amigo trazer produtos mais baratos de alguma viagem ao exterior. Urrava contra intervenções americanas na Ásia ou no Oriente Médio, enquanto justifica invasões de Putin. Deveria assim saudar o isolacionismo e o antilivre mercado de Trump. Ou não repararam na semelhança das pautas?

Os empresários ultraconservadores, felizes por não terem que fazer de conta que gostam de diversidade, aplaudem Zuckerberg, Musk e outros magnatas que jogaram negros, LGBTs e feministas embaixo do trem. Pode apostar: empresas que usam sem parar termos como “mulheres pretas”, “povos originários” e “igualdade entre gêneros” raramente têm um único VP ou conselheiro mulher, negro ou gay. É diversidade-selfie, só pra tirar foto. Mas não são só eles que sacrificam o discursinho na primeira oportunidade.

Vários políticos do PSOL, PT e PCdoB salivam com o sucesso da DeepSeek chinesa, deixando para lá que o regime chinês de Xi Jinping acabou com as poucas ONGs LGBTs que existiam, que mulheres estejam muito longe do Politburo e que racismo seja francamente natural no gigante asiático. Quando se trata de negócios ou ideologia, as minorias são as primeiras a ser rifadas.



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